sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Brasileiro Carvalhosa Chega ao MoMA


O MoMA – The Museum of Modern Art acaba de inaugurar “Sum of Days”, mostra do brasileiro Carlito Carvalhosa (São Paulo, Brasil, 1961) a primeira exposição do artista nos Estados Unidos, segundo uma nota da imprensa do museu. A exposição é organizada por Luis Peres-Oramas, que vem ocupando o Estrellita Broksky Curador Of Latin American Art, desde 2006, quando foi criado este cargo dentro do MoMa, graças a colecionadora e curadora Independiente de origem uruguaia Estrellita Brodsky.
Oramas foi designado em fevereiro curador da próxima trigésima Bienal de São Paulo. Este curador venezuelano tem contado com a ajuda de Geaninne Gutiérrez-Guimarães, asistente curatorial do Departamento de Desenhos do MoMA.

A instalação que agora é exposta foi criada para o Projeto Octógono Arte Contemporânea, da Pinacoteca do Estado de São Paulo, que a expôs há um ano. O Projeto Octógono é o espaço que o centro brasileiro destina a propostas de artistas contemporâneos, frequentemente produzidas para a ocasião. Desde o seu começo em 2003, com a instalação do italiano Mario Merz (Milão, 1925 – Turín 2003), se exibem quatro mostras ao ano, tanto com obras e projetos de artistas brasileiros como internacionais, já tendo participado artistas como a espanhola Cristina Iglesias (San Sebastián, 1956), o lisboeta Pedro Cabrita Reis (1956) os brasileiros Regina Silveira (Porto Alegre, 1936), Leonilson (Fortaleza, 1957- São Paulo, 1993), José Bechara (Rio de Janeiro, 1967) e o coletivo Chelpa Ferro.

A exposição de Carvalhosa, representada pelas galerias brasileiras Nara Roesler e Silvia Cintra Galeria de Arte + Box 4, segue outras de artistas latino-americanos celebradas nos últimos anos no MoMA. Assim, há algumas semanas foi finalizada a mostra “Francis Alys: A Story of Deception” do artista belga fixado no México Francis Alys (Amberes, 1959). No ano passado foi a dupla americana-cubana fixada em Porto Rico Jennifer Allora (Philadelfia, Estados Unidos, 1974) e Guillermo Caszadilla (Havana, Cuba, 1971), que atualmente representam os Estados Unidos na Bienal de Veneza, quem teve sua exposição “Performance 9”. O brasileiro Ernesto Neto (Rio de Janeiro, 1964) celebrou sua exposição “Navedenga”. Entre 2009 e 2010, o mexicano Gabriel Orozco (Vera Cruz, 1962) teve duas esposições paralelas com os títulos “Gabriel Orozco” e “Gabriel Orozco: Samurai Tree Invariants”. Alguns meses antes, já em 2009, o protagonismo latino-americano no MoMA esteve por conta do argentino León Ferrari (Buenos Aires, 1920) e da brasileira Mira Shendel (Brasil, 1919 – Suíça, 1988), com a exposição conjunta “Tangled Alphabets”. De olho no futuro próximo, o museu nova- iorquino estreará no próximo mês de novembro “Diego Rivera: Murais para o Museu de Arte Moderna”, com curadoria de Leah Dickerman, curador de pintura e escultura do Museum of Modern Art (MoMA). A mostra apresentará cinco painéis portáteis do pintohttp://www.blogger.com/img/blank.gifr mexicano Diego Rivera (México, 1886-1957), obras criadas para uma mostra monográfica que a mesma instituição lhe dedicou há oitenta anos.

Por outra parte, o MoMA também atende a criação latino-americana a partir de festivais de cinema como Premier Brasil! 2011, celebrado no mês de julho e já em sua nona edição. Organizado pela curadoria do departamento de cinema do MoMA. Jytte Jensen, e pelas diretoras do Festival do Rio, Ilda Santiago e Vilma Lustosa. Outro festival que conta com a presença latina e Em Foco: Cinema Tropical, evento que trata do cinema latino-americano da última década e que já introduziu em Nova York uma nova geração de cineastas latino-americanos, como os brasileiros João Moreira Salles e Karim Aïnouz.

Texto Original: www.arteinformado.com

Imagem e texto: ARTEINFORMADO
Tradução: Ednaldo Britto

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Fotografia: Entre o Documento e a Arte Contemporânea


A legitimidade cultural e artística da fotografia é recente. Durante muito tempo considerada como simples ferramenta útil, agora, nas galerias e museus, é contemplada enquanto fotografia. E a fotografia é o objeto desse livro: em sua pluralidade e seus vários desdobramentos, do documento à arte contemporânea; em sua historicidade, desde seu aparecimento, na metade do século XIX, até a presente aliança arte-fotografia, que leva André Rouillé a distinguir a arte dos fotógrafos da fotografia dos artistas.














Imagem e Texto: Editora SENAC/SP

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Amazônia Comicon Anima Cena de Quadrinhos em Belém


A ideia é valorizar a memória dos grandes mestres do gênero e debater a linguagem utilizada ao longo do tempo por quem faz história em quadrinho no Brasil, especialmente aqueles que ficam à margem, na chamada cena independente. É o Amazônia Comicon - Festival Internacional de Histórias em Quadrinhos e Cultura Pop da Amazônia, que promete agitar o circuito cultural de Belém

O festival ocorre na capital paraense no mês de outubro, no Instituto de Artes do Pará, Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves e Fundação Curro Velho. A programação terá mostras de filmes, exposições, workshops, oficinas, palestras, sessões de autógrafos e performances com atrações nacionais e internacionais.

O evento celebra os 20 anos do Ponto de Fuga, grupo formado por profissionais e amadores do universo dos quadrinhos. O nome, aliás, está perfeitamente alinhado à linguagem. “O ponto de fuga é uma regra de desenho, de onde nasce o desenho”, explica um dos integrantes do grupo e organizador do festival, Luiz Cláudio Negrão.

Inscrições

Apesar de só movimentar a cidade em outubro, o evento abre em agosto as inscrições para duas programações: Mostra de Filmes e Exposição de Histórias em Quadrinhos do Espaço Ponto de Fuga. A mostra tem como proposta exibir filmes e documentários sobre a arte dos quadrinhos e da cultura pop. As inscrições começam dia 22 de agosto e vão até 5 de outubro.

Palestras e mostras internacionais

A programação detalhada do Festival Internacional de Histórias em Quadrinhos ainda está em fase de fechamento. Mas os organizadores adiantam que os apaixonados por quadrinhos já podem se programar entre 25 e 29 de outubro. O Amazônia Comicon terá as seguintes palestras: Quadrinhos na Publicidade, Quadrinhos na Literatura, Quadrinhos e Cinema, Quadrinhos e Cultura Pop Japonesa: Mangá e Anime e História dos Quadrinhos Brasileiros.

Lançamento

No próximo dia 25, os organizadores do festival realizam o Encontro de Colecionadores de Histórias em Quadrinhos, no Instituto de Artes do Pará, a partir das 18h. Durante o encontro, haverá um pré-lançamento do Amazônia Comicon e serão anunciados mais detalhes da programação.
PARTICIPE

Serviço

Amazônia Comicon - Festival Internacional de Histórias em Quadrinhos e Cultura Pop da Amazônia. De 25 a 29 de outubro, no Instituto de Artes do Pará, Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves e Fundação Curro Velho. Pré-Lançamento: 25 de agosto, às 18h, no Instituto de Artes do Pará. Entrada franca. Promoção: Espaço Ponto de Fuga. Realização: Centro de Estudos e Memória da Juventude Amazônica.

Inscrições para a Mostra de Filmes: 22 de agosto a 5 de outubro

Inscrições para exposição de trabalhos no Espaço Ponto de Fuga: 15 de agosto a 30 de setembro

Mais informações pelos telefones (91) 8844-0427 (Luiz Cláudio) e (91) 8745-0273 (Rita) ou através do e-mail luta@oi.com.br.

Imagem: Ponto de Fuga
Texto: Diário do Pará


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Krajcberg: Arte com Estertor


Museu na Bahia e exposição em S.Paulo destacam artista engajado que se fixou no Brasil para expressar “grito sofrido e revoltado do planeta”

O embrião da arte de Frans Krajcberg são a comoção e a revolta. Oscar Wilde poderia definir muito bem o desejo reivindicado pelo artista em suas obras: “que a verdadeira personalidade do homem crescesse naturalmente, simplesmente, à maneira das flores e das árvores”. Uma das mais belas utopias. Triste é que não foi isso que o escultor, gravador, pintor e fotógrafo, um dos mais importantes nomes da arte engajada no mundo, testemunhou na vida. Krajcberg se fez renascer brasileiro aos 27 anos, depois de ter perdido toda a família entre os seis milhões de cidadãos assassinados pelo nazismo na Polônia.

Daí, resolveu rodar pela terra brasilis, de ponta a ponta, da Amazônia ao curso da Mata Atlântica, denunciando os maus tratos contra o meio ambiente, esculpindo, pintando ou fotografando cada raiz, tronco, folha ou flor, como na defesa de parentes. Ele mesmo acentua, quase que numa projeção fabulosa, que sua obra “exprime o grito sofrido e revoltado do planeta”.

E foi em terras baianas, em meio a remanescentes de floresta tropical, que o artista e humanista escolheu morar, desde 1972. Mais precisamente numa casa feita no alto de um tronco de pequi com quase três metros de diâmetro, no município de Nova Viçosa, sul da Bahia. “Sou um homem só no mundo. Tinha que escolher um lugar. E escolhi aqui”, diz.

Nesse lugar, o artista quis construir um importante centro cultural do país, juntamente com o amigo e arquiteto Zanine Caldas. O projeto chegou a conquistar nomes como os de Dorival Caymmi, Oscar Niemayer e Chico Buarque. “Mas foi tudo desmantelado. Somente eu fiquei aqui, vivendo nessa floresta que eu cuido com amor”, disse, referindo-se ao seu Sítio Natura, onde funciona seu atelier e um museu ainda inacabado, mas com certeiras visitações, chamado Arte e Ecologia.

“Minha arte e minhas fotografias mostram a violência praticada contra a natureza, assim como contra o povo que mora nas florestas. Tanto na Amazônia quanto aqui no sul da Bahia, os índios estão se mudando de suas reservas para fugir de atentados contra a vida deles. Onde está a defesa desse povo?”, indigna-se e avalia: “o brasileiro não se manifesta porque não conhece o Brasil”.

Com 90 anos, o artista tem mostras espalhadas pelo mundo à fora. Além do Espaço Krajcberg no Museu de Montparnasse, em Paris, ele tem obras expostas na Fundação Yves Rocher na Bretanha, também na França. “Agora estamos estudando uma exposição em New York”, informa. Marcante mesmo é a exposição “O homem e a natureza no Ano Internacional das Florestas”, que se encontra no Museu Afro Brasil, em São Paulo até 6 de novembro, sob a curadoria do também artista plástico e escultor Emanoel Araújo, diretor do museu paulista. São 31 trabalhos, entre esculturas, relevos e fotografias.

Na Bahia, quem quiser visitar o Museu Ecológico Frans Krajcberg, em Nova Viçosa, vai testemunhar remanescentes de Mata Atlântica recuperadas pelo artista, além do choro e revolta da natureza, “psicografados”, com o mesmo estertor de quem perde a família pela violência, através de sua arte engajada.

Fonte: www.outraspalavras.net

Texto: Débora Alcântara
Imagem: Outras Palavras

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Marp Apresenta Destaques de Ontem e de Hoje da Arte Contemporânea


Oitenta trabalhos podem ser vistos no 36º Sarp; mostra paralela apresenta produções vencedoras de salões anteriores


O passado e o futuro da arte contemporânea nacional estarão ali bem próximos, dividindo espaço no Marp (Museu de Arte de Ribeirão Preto), a partir desta sexta-feira (5). No térreo, serão vistas produções consagradas pelos anteriores Salões de Arte de Ribeirão Preto, na mostra “O Marp e o Corpo da Arte”. Enquanto isso, o piso superior será dedicado às revelações da 36ª edição do Sarp, com incursões de um estilo em constante mudança mas sempre orientado por incertezas atuais.


Mais informações: http:eptv.globo.com/ribeiraopreto







Imagem: Érica Ferrari
Texto: EPTV.com - Rodolfo Tiengo