quarta-feira, 24 de março de 2010

A Arte está em exames do Enem, Unesp, UnB e FGV-Direito


Além de exigir que o aluno domine as disciplinas tradicionais do ensino médio, tornou-se comum os vestibulares cobrarem também conhecimentos de arte, que são pedidos inclusive no novo Enem.
Questões sobre manifestações plásticas, cênicas e visuais e sobre música deverão ser respondidas, ao menos, pelos 4,5 milhões de estudantes inscritos no Enem e pelos candidatos de Unesp, FGV-Direito e UnB (Universidade de Brasília).
Mas não é preciso entrar em pânico. Os organizadores dos exames seletivos dizem que não serão cobrados conhecimentos específicos, mas sim capacidades interpretativas, de relacionar as artes com outras disciplinas e com o cotidiano.
Na Unesp, a disciplina foi incluída no programa neste ano, como parte de um conjunto de alterações que modificou todo o vestibular da instituição.
Também no novo Enem é a primeira vez que as artes estão explicitamente entre as matérias cobradas.
Inep e Vunesp, organizadores, respectivamente, do Enem e do exame da Unesp, dizem que o conteúdo de suas provas é baseado nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), que orientam o currículo do ensino médio. Ou seja, não vão pedir nada além do que o aluno aprendeu na escola.
A Fuvest só cobra artes na prova de habilidades específicas.
Na FGV-Direito e na UnB, as questões de artes não são novidade. Desde o primeiro vestibular para direito na FGV, em 2004, o exame tem perguntas de artes visuais (plásticas e cinema) e literatura.
José Garcez Ghirardi, coordenador de metodologia, diz que, para a FGV, cobrar habilidades nessa área ajuda a selecionar os alunos que a instituição quer. "Eles devem ser capazes de apontar formas diferentes de construir o mundo", diz.
Uma dica para ir bem na prova de artes é estar atento às opções de lazer e cultura. "Incentivo os alunos a irem a museus, cinema, teatro", diz Augusta Pereira, professora de literatura do Cursinho do XI, que vê nos passeios uma forma de complementar o aprendizado.
Mas a coordenação do vestibular da Unesp adverte: "Conselhos como sugerir que se vejam mais filmes ou mais peças de teatro ou se visitem mais museus são ineficientes se o aluno não apresentou um desempenho satisfatório ao longo dos anos de escola, pois não o levarão a aprender o que não aprendeu no tempo devido".
O formato deixa o vestibulando Esdras dos Santos, 24, tranquilo. Candidato a arquitetura, ele dá aulas de violão e já fez vários cursos de desenho.
Esdras diz que intensificou idas a museus no último ano e, na companhia da namorada -também vestibulanda-, tem assistido a filmes relacionados a história, literatura e arte. Ele ainda usa da internet para pesquisar mais sobre os temas.

PATRÍCIA GOMES
da Folha de S.Paulo

(Matéria publicada no segundo semestre de 2009)

sexta-feira, 19 de março de 2010

Livro: "Linguagens da Arte na Infância"



O livro é uma coletânea de experiências e equívocos cometidos no ensino da arte às crianças, resultado de dois anos de pesquisas com professores e acadêmicos de artes visuais, design, psicologia, educação física e pedagogia da Universidade Regional de Joinville – Univille. A organizadora é a professora Sílvia Sell Pillotto, do curso de Artes Visuais. A obra faz uma proposta às escolas: formar grupos de estudos permanentes para formação continuada e troca de experiências nessa área.

Organizadora: Silvia Sell Duarte Pillotto
Editora: Univille

segunda-feira, 15 de março de 2010

Revista Digital MAC Contemporânea



A Revista Digital MAC Contemporânea foi disponibilizada na rede durante o segundo semestre de 2009, mas as suas matérias ainda estão fresquinhas. Vale conferir!

Link ao lado.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Plano de Aula: Grafite Arte de Rua


Foto: Centro Universitário SENAC/SP

Proposta de Plano de Aula
Por Valéria Peixoto de Alencar*

Objetivos
Perceber as manifestações artísticas urbanas, em especial o grafite.

Estudar a técnica de pintura em grande escala.

Comentário
Há algumas décadas, quando se falava em arte pública, arte na rua, pensava-se em monumentos e esculturas que "decoram" a cidade. A arte contemporânea trouxe uma mudança nesse pensamento: paredes e muros grafitados podem transmitir mensagens e idéias de uma forma muito mais direta aos habitantes de um bairro ou de uma cidade.


Material
O texto Grafite - uma forma de arte pública será um ótimo ponto de partida para esta aula. Utilize também imagens de outros grafites, que os alunos podem encontrar nos arredores da escola e de suas casas.


Estratégias
1. Leitura e interpretação do texto.
2. Leitura das imagens que estão nos textos e de outras que os alunos tenham pesquisado. É importante perceber se as imagens trazidas pelos alunos não se tratam apenas de pichações. Imagens de publicidade podem ser utilizadas, desde que seu caráter publicitário seja ressaltado.


Atividades
Proponha um tema para os alunos. Por exemplo, problemas do bairro, esportes, literatura, etc. Em grupos, os alunos devem fazer desenhos em papel A3, selecionar um e, aos poucos, transferir para um papel maior e, depois, para outro maior ainda... A seguir, escolha uma parede (interna ou externa) da escola em que os grafites possam ser feitos. Os alunos devem transpor o desenho com tinta látex e/ou spray.


Sugestões
Se a escola não possuir um espaço para a atividade, forre as paredes da sala de aula com papel Kraft, formando um painel, e substitua a tinta látex e/ou spray por lápis e tintas guache. Se for possível utilizar o muro da escola, tente fazer com todas as salas, com a participação de outros professores, num "Dia do Grafite".


Dica
Passe o filme "Basquiat - traços de uma vida", dirigido por Julian Schnabel, para os alunos.

*Valéria Peixoto de Alencar é historiadora formada pela USP e cursa o mestrado em Artes no Instituto de Artes da Unesp. É uma das autoras do livro Arte-educação: experiências, questões e possibilidades (Editora Expressão e Arte).

quarta-feira, 3 de março de 2010

Fundação Museu do Homem Americano


Em São Raimundo Nonato, no Parque Nacional da Serra da Capivara, estado do Piauí, está localizado um dos mais importantes centros de estudos arqueológicos, paleontológicos, botânicos e zoológicos do mundo; trata-se da Fundação Museu do Homem Americano. A FUMDHAM é responsável pela administração dos mais ricos sítios arqueológicos com vestígios de arte rupestre que a sociedade científica mundial já tomou conhecimento.

Criada em 1986 por estudiosos ligados a uma cooperação científica bi-nacional (Brasil-França), a FUMDHAM trabalha em articulação com as entidades municipais, estaduais e federais para administrar o Parque Nacional da Serra da Capivara, Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1991. Na cidade de São Raimundo Nonato a Fundação construiu o Museu do Homem Americano, local onde estão resguardados e expostos os resultados das pesquisas já realizadas.

A brasileira Niéde Guidon, doutora em arqueologia pela Sorbonne, além de fundadora, é a atual administradora do Parque. Niéde e sua equipe são responsáveis pela preservação e o estudo dos 700 sítios pré-históricos já identificados nas áreas do parque; deste total, pelo menos “426 estão em abrigos sob rocha, com antigas pinturas rupestres”. Um patrimônio de cultura e arte mantido com o extremo esforço de profissionais dedicados a ciência, fonte indispensável de conhecimento para artistas e professores.

Texto: Ednaldo Britto