domingo, 26 de dezembro de 2010

O Mercado Vai Bem, Obrigado

Maria Hirszman

Qual seria a síntese possível da produção artística dos últimos dez anos? Como definir um período de intensa atividade e pouco resultado sedimentado? Evidentemente, ao longo de um período tão longo, muito se produziu, nomes de destaque surgiram, artistas já renomados se consagraram internacionalmente, centenas de exposições de grande qualidade foram realizadas no País, apesar da precariedade das nossas instituições e dos vícios do circuito. No entanto, de forma geral, trata-se de uma década que não deixou grandes marcas.


Em termos de produção, não se pode dizer que tenha se imposto uma vertente dominante de estilo, técnica ou linguagem que defina uma cara para os anos 2000. A impressão mais imediata é a de que a década que termina foi polivalente, mas também um tanto insossa. Marcada por um esforço de superação das fronteiras tradicionais internas e externas do campo das artes visuais, a produção do período parece ter sido pautada pelo peso crescente das mídias eletrônicas e digitais. Fotografia, vídeo, mas também a arte sonora, correspondem a parcela cada vez mais significativa das obras em exposição nas bienais, mostras coletivas e feiras, principais vitrines da área. Basta ver sua predominância na 29.ª Bienal de São Paulo, que acaba de fechar suas portas (leia nesta página). Isso não quer dizer, no entanto, que pintura, desenho, gravura sejam cartas fora do baralho. A observação das mostras de jovens, como as do Centro Cultural São Paulo, por exemplo, revela uma intensa e harmônica convivência entre as mais diferentes formas de expressão e abordagens.

Revival. Outro ponto que merece atenção é a existência de uma espécie de revival, de necessidade de reler - não apenas em termos históricos, mas também no embate criativo - momentos importantes da arte nacional. Como exemplo, pode-se citar o resgate da produção libertária da década de 70, com ênfase num retorno expressivo das ações performáticas e do registro fílmico das ações (na época via super-8, agora facilitado pelas câmeras digitais).

A importância crescente da curadoria, do cuidado com a museologia e a arquitetura das exposições - o que muitas vezes acabou por descambar numa desvirtuação do papel desses agentes e sua sobrevalorização em relação às próprias obras -, bem como uma evolução significativa nos padrões e na diversidade e qualidade das publicações da área também devem ser lembrados. Menos visível, mas também extremamente importante do ponto de vista de formação de público e de profissionais, é o crescente reconhecimento da arte-educação como parte essencial do trabalho de museus e instituições ligadas à arte.

Outro fenômeno significativo dos anos 2000 é uma importante internacionalização da produção e da reflexão sobre arte. É frequente a ida de artistas e curadores para o exterior, beneficiados por bolsas de estímulo e que acabam por permitir inserções menos institucionalizadas, bastante eficazes para suprir nossas objetivas carências internas.

Tais aspectos provocam, certamente, certo dinamismo. Mas são insuficientes para reverter a sensação de estagnação que parece ter marcado o circuito nos últimos anos da década e que é apontada por muitos como um sinal de crise no setor. Falta uma produção dinâmica, verbas para a realização de eventos de grande repercussão e instituições fortes capazes de bancar eventos de grande impacto. Mas essa quietude, que tem muito de marasmo, também pode ser considerada o indício de maior amadurecimento do circuito. Ou, pelo menos, do fim do ciclo das megaexposições.

Tais eventos histriônicos que nos chegavam empacotados da Europa permitiam que o público visse de perto Monet, Dalí e outras estrelas, mas o legado desse esquema não foi dos mais saudáveis, estando diretamente ligados a modelos bastante nefastos de gestão cultural como aqueles implantados por Júlio Neves no Masp e Edemar Cid Ferreira na Bienal e, posteriormente, na BrasilConnects.

Novas instituições, como a Fundação Iberê Camargo e a Fundação Vale do Rio Doce, somadas aos poucos museus que conseguiram atravessar os anos 2000 sem sobressaltos e com um trabalho de qualidade (a Pinacoteca é o grande exemplo) e o fortalecimento de outras - o MAC, que em breve deve inaugurar a sua nova sede, no prédio reformado do Detran -, podem permitir um início mais tranquilo e promissor para a próxima década. Outra instituição que alcançou grande destaque nesses últimos anos foi Inhotim. O centro de excelência em arte contemporânea aberto em 2006 pode ser considerado um dos grandes ganhos da década e é um exemplo muito bem-sucedido de formação e, sobretudo, exposição de acervo de arte contemporânea longe dos grandes centros e de maneira harmoniosamente integrada à natureza. Inhotim, no entanto, também foi alvo de escândalos envolvendo acusações de privilégio e má utilização dos fundos públicos.

Crise mundial. A crise, que causou estragos na economia mundial nos últimos anos, não parece ter afetado de forma significativa o setor. Se o circuito expositivo anda meio inseguro, a crítica de arte tornou-se algo praticamente inexistente e a produção se mantém sem grandes surpresas, o mercado parece que vai muito bem, obrigado. A cada dia surgem novas galerias no eixo Rio-São Paulo, a SP-Arte - feira consagrada à arte contemporânea - parece ter se consolidado com grande facilidade e um número significativo de artistas brasileiros tem conquistado espaço nacional e internacionalmente. O exemplo mais notável desse sucesso é o recorde obtido por Beatriz Milhazes em leilão realizado em 2008 pela casa Sotheby"s de Nova York, vendendo seu quadro O Mágico por US$ 1 milhão.

O ponto culminante desse processo de radical valorização da arte contemporânea foi protagonizado, no entanto, pelo inglês Damien Hirst que, no mesmo ano do recorde de Beatriz Milhazes, ofereceu em leilão na Sotheby"s de Londres boa parte de sua produção. O que muitos viram como um golpe de marketing arriscado acabou obtendo um sucesso impressionante: o artista, que nunca foi tão falado, arrecadou em poucos dias US$ 125 milhões!

A elevação dos preços e a ampliação do colecionismo pode estar na raiz de outro fenômeno bastante prejudicial que marcou a cena das artes visuais nessa década: as ações ousadas - e felizmente frustradas, pois as telas foram recuperadas posteriormente - de ladrões que entraram na Pinacoteca e no Masp, em 2007. Da mesma forma que a falta de estrutura de salvaguarda e proteção de acervos de grande importância para o patrimônio nacional acabou levando a acidentes trágicos, como o incêndio que atingiu a coleção de Hélio Oiticica e a destruição da cidade histórica de São Luiz do Paraitinga pelas chuvas (ambos em 2009).

www.estadao.com.br

Imagem: "O Mágico" (2001)- Acrílica sobre tela de Beatriz Milhazes.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

"Guerra e Paz" de Portinari Voltam ao Brasil para Exposição e Restauração


Os murais "Guerra e Paz", do pintor brasileiro Cândido Portinari, exibidos há mais de meio século na sede da ONU em Nova York, estão em exposição a partir desta quarta-feira no Rio de Janeiro, onde serão restaurados antes de serem devolvidos ao organismo internacional.

A obra, composta por 28 painéis de madeira de 2,2 metros de altura por 5 de comprimento, permanecerá no Brasil até 2013 graças a um acordo entre o Projeto Portinari, o Governo brasileiro e a ONU.

Os murais, considerados a "estreia" de Portinari (1903-1962) ficarão expostos até o próximo dia 30 de dezembro no Teatro Municipal carioca e em janeiro serão levados para o Palácio Gustavo Capanema, onde serão restaurados em uma oficina aberta que também poderá ser visitada pelo público até maio do próximo ano.

Quando o restauro for concluído, os murais serão exibidos em São Paulo e em outras cidades do Brasil e do mundo até 2013, quando serão devolvidos à ONU, segundo a Fundação Portinari.

Imagem: Tasso Marcelo/AE
Texto: Terra

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

"Grafias" no Espaço Cultural Banco da Amazônia


A exposição apresenta um quadro da gravura paraense a partir da obra de oito artistas que residem, trabalham ou nasceram em três localidades da regiao norte: Belém, Marabá e Santarém. Dessa forma, propõe-se um recorte e, como tal, não visa a totalidade; contudo, traz à luz aspectos poucos conhecidos de um segmento que, nos ultimos anos, conquistou um espaco definitivo no cenário contemporâneo. Não cabe aqui relatar acontecimentos, mas constatar o acento experimental e investigativo que imprime à esta modalidade de trabalho artistico um carater atual e diversificado. Tal evidência rebate a crítica ingênua bastante difundida nos ambientes especializados da cultura contemporanea de que a gravura se acomoda em procedimentos convencionalizados. Argumento tão pobre e destituído de interesse quanto aceitar que as novas mídias, por si só, legitimam uma obra artística, a despeito de seu conteúdo.

GRAFIAS confronta experiências estimuladas por uma geografia marcada pelo natural e impregnada de valores provenientes de culturas e hábitos próprios. Alexandre Sequeira, Ronaldo Moraes Rêgo, Elaine Arruda, Marcone Moreira, Egon Pacheco, Jocatos, Diô Viana e Antônio Botelho demarcam suas trajetórias em ambientes distintos, mas que tem como pano de fundo um território de intensa reserva criativa que surpreende por seus contrastes e dinâmica. Agrupa geracões cujas obras produzem, certamente, um efeito formativo em uma visualidade que podemos designar de ‘amazônica’.
Embora compartilhem um território amplo de referências identitárias ressaltam suas individualidades através da estratégia comum em operar com o lugar onde vivem e atuam, pautados em referências e modos peculiares de produção e circulação. Diálogo que parte de lugares singulares , porém conectados temporal e espacialmente.

Serviço:

Abertura dia 22.12 às 19 horas.
Visitação de 23.12 a 02.02.2011
Local: Espaço Cultural Banco da Amazônia
Av. Presidente Vargas, 800 - térreo.
Belém - Pará - Brasil

Texto: Armando Sobral
Imagem: Detalhe de uma obra de Elaine Arruda.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Arqueóloga Niéde Guidon Recebe Prêmios Internacionais.


Depois de mais de trinta anos de dedicação exclusiva às pesquisas e ao desenvolvimento sócio-econômico-cultural da região do Parque Nacional Serra da Capivara, Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, a arqueóloga paulista Niéde Guidon, que decidiu adotar o Piauí como sua casa, acaba de retornar da Europa e da África do Sul onde foi receber dois importantes prêmios pelo seu trabalho.

Na gigantesca cidade de Joanesburgo, capital da África do Sul, Niéde Guidon recebeu das mãos do diretor da Unesco, Francesco Bandarin a medalha comemorativa pelo aniversário dos 60 anos da instituição devido ao seu trabalho de divulgação e preservação do patrimônio cultural representado pela arte rupestre brasileira, em especial da Serra da Capivara.

Mais informações:www.portalaz.com.br

Imagem: Mulheres Pela Paz
Texto: Portal az

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Livro Traça a História dos Fanzines


Fanzines: the D.I.Y. Revolution mostra a importância histórica dos zines como manifestação popular e cultural.

Por mais de 50 anos o fanzine foi uma importante forma de expressão coletiva e individual da sociedade, em um movimento que hoje pode ser comparado ao que acontece com os blogs.

Na maior parte das vezes feitas à mão, estas publicações originaram outras tantas famosas nos dias de hoje, mas por muito tempo estiveram fadadas a sobreviver apenas no mundo underground.

Agora os fanzines ganharam as vitrines com o lançamento do livro "Fanzines: the D.I.Y. Revolution", lançado pela editora Paperback. Com temas que vão do punk à politica, as páginas traçam a história revolucionária desta forma de arte, desde a década de 70 até os dias de hoje.

Texto/imagem: Maria Beatriz Gonçalves

sábado, 11 de dezembro de 2010

Joseph Beuys no MAM da Bahia


Joseph Beuys – A Revolução Somos Nós é a maior retrospectiva já realizada no Brasil de uma obra que ajudou a moldar – e segue ampliando – nosso conceito de arte. A escolha do maior artista alemão do século 20 como centro da exposição, que leva 250 obras ao SESC Pompeia (São Paulo) e ao Museu de Arte Moderna da Bahia (Salvador), não é de forma alguma fortuita.

No contexto das discussões propostas pela 29ª Bienal de São Paulo sobre a relação arte/política, o pensamento que os múltiplos, cartazes e vídeos de Beuys difundem é uma referência que não se torna menos instigante conforme o tempo passa.

Um dos pontos de onde parte toda a concepção contemporânea de arte, a obra de Joseph Beuys ilumina, em momento oportuno, o profundo compromisso social do artista. Mais: ao criar ações, esculturas, instalações, desenhos, objetos, aquarelas, debates, quadros-negros, múltiplos, cartazes, manifestos, cartões-postais, partidos políticos, canções de protesto, grupos de discussão – além de sua própria e inequívoca figura –, Joseph Beuys nos mostrou que os fins justificam estratégias múltiplas.

Site da Exposição: www.beuys.com.br

Imagem: Cartaz da Exposição - SESC/SP
Texto: Fragmentos de "Estratégias Multiplicadas" de Danilo Miranda e Solange Farkas

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Celina..." de Marcílio Costa no IAP


No dia 11 de dezembro, às 18h, no Instituto de Artes do Pará (IAP), a poesia será o centro de um acontecimento voltado à sua celebração. O lançamento do livro “celina...”, do poeta e artista plástico Marcílio Costa.
“celina...” recebeu o prêmio da Academia Paraense de Letras (categoria: poesia). O livro chamou a atenção de grandes nomes da literatura brasileira, dentre eles: Paulo Henriques Britto (poeta e tradutor de Elisabeth Bishop e vencedor do Prêmio Portugal Telecom), Antônio Moura (poeta, tradutor de jean-Joseph Rabearivelo e vencedor do prêmio John Dryden, Londres - Inglaterra, João de Jesus Paes Loureiro (poeta que recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA), Vicente Franz Cecim ( escritor e vencedor do Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA) e Amarlís Tupiassu (crítica literária, professora da UFPA e UNAMA).
Marcílio Costa é um dos mais expressivos nomes da atual poesia feita em nossa região. Seus poemas já foram publicados em várias antologias e revistas de poesia por todo o Brasil. Em 2009 o poeta foi comtemplado com a Bolsa FUNARTE de Criação literária, o mais importante e concorrido prêmio para a criação no território nacional, pelo projeto da obra poética “Todas as Ruas”. Recentemente ganhou o Prêmio Dalcídio Jurandir de Literatura – 2010(categoria: poesia) pelo livro “depois da sede” e Menção Honrosa na última edição do Prêmio Escriba de Poesia (Piracicaba - SP).
Como artista visual, Marcílio deixa sua marca como poeta nos trabalhos que realiza ou participa. É o caso do curta de animação “Muragens: crônicas de um muro” de 2008, em que Marcílio co-dirigiu e escreveu o roteiro final. Dirigido por Andrei Miralha, o filme foi o primeiro curta de animação paraense selecionado para a mostra competitiva do ANIMA MUNDI e já correu o mundo sendo, também, selecionado para festivais como o ANIMASIVO no México e o MONSTRA em Portugal.

A POESIA, eis o cerne, o centro nervoso que Marcílio Costa procura tocar e em seguida captar, capturar, por meio do exercício e do trabalho com a palavra e a linguagem, para abordar o campo em que tudo isso se dá e se realiza, a vida (tanto como perda ou celebração).

Imagem: Editora Paka-Tatu
Texto: Andreev Veiga

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Arte Urbana Estampada nas Ruas de Curitiba


É possível estar caminhando bem distraído pela Travessa da Lapa ou dirigir em meio ao engarrafamento contínuo da Rua Mariano Torres e jurar por alguns segundos que a rua não oferece outra coisa senão servir de passagem ao destino final. Mas basta descansar a mente para perceber algo que foge ao comportamento automático e abre outro olhar, mais atento, sobre a cidade. Inquietações e inconformismos estampados em graffitis, lambe-lambes e stencils fazem de muros e paredes suporte para uma arte urbana que converte a cidade em um museu a céu aberto.

É quase infinita a diversidade de imagens e mensagens que cobrem paredes, muros e o que mais possa abarcar um bocado de tinta. Uma frase em especial, estampada em um lambe-lambe, chamou a atenção da historiadora social Elisabeth Serafhim Prosser quando ela andava por uma rua do bairro São Francisco, em 2004: "É proibido calar catarses". "Essa é a essência da arte de rua. O que eles fazem é não calar tudo o que pensam e sentem", reflete.

Esse momento fez surgir a vontade de conhecer melhor o trabalho dos grafiteiros - ou artistas de rua. Seis anos de pesquisa se solidificaram no mais completo livro já escrito sobre a arte de rua da cidade: Graffiti Curitiba, lançado na última semana.

Depois de varar os domingos percorrendo os bairros aleatoriamente, Beth conversou com muitos artistas e conseguiu registrar 500 fotografias de muros, paredes, monumentos e prédios com intervenções de arte urbana. Posteriormente, as imagens foram classificadas em categorias, sendo os temas mais recorrentes o ambiente urbano e natural, e também protestos sobre política e sociabilidade.

Mais Informações:www.parana-online.com.br

Foto: Daniel Caron
Texto: Paula Melech

sábado, 4 de dezembro de 2010

A Arte Expressa em Dólares


Estudo dos americanos Katy Siegel e Paul Mattick demonstra como a ascensão econômica dos países emergentes está mudando a criação contemporânea, hoje refém de colecionadores, curadores e museus

A última grande fronteira entre os ateliês e os bancos foi derrubada por dois críticos e professores norte-americanos que, definitivamente, não dividem a crença renascentista de que os artistas trabalham por amor à profissão - e não por motivos econômicos. Claro que o pop Andy Warhol já havia provado, nos anos 1960, que o poder do dinheiro fascina, particularmente artistas em busca de reconhecimento público imediato. Antes dele, Picasso disse que queria viver como um pobre, desde que tivesse à disposição uma boa soma de dinheiro no banco. Assim, conscientes de que a principal questão no século 21 é mesmo a econômica, a crítica e professora Katy Siegel e o filósofo Paul Mattick resolveram violar o último tabu do mundo monetarista de Picasso e Warhol, escrevendo Arte & Dinheiro, que a Editora Zahar colocou esta semana nas livrarias.

Texto completo: O Estado de São Paulo

Imagem: Editora Zahar
Texto: Antonio Gonçalves Filho

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

LabCom Móvel Promove Oficina de Mídias Criativas no Museu Paraense Emílio Goeldi


O LabCom Móvel – Estudos e Práticas de Comunicação Pública da Ciência na Amazônia – SCS/MPEG junto com a Escola de Biodiversidade da Amazônia (EBIO)/ INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia, e o Núcleo de Estudos em Educação Científica e Ambiental e Práticas Sociais – NECAPS/ Universidade do Estado do Pará - UEPA promovem a oficina: “Mídias Participativas Aplicadas a Educação”, que será ministrada por Nacho Duran, artista espanhol especializado em multimídia e Artur de Leos, fotógrafo e articulador de mídias sociais, Tecnólogo em designer de multimídia e criador do primeiro videoblog feito na América do Sul (São Paulo, Brasil) desde junho de 2003, Duran é referência quando o assunto é mídias criativas.

O evento será realizado no auditório do Parque Zoobotânico (PZB) do Museu Goeldi nos dias 1, 2 e 3 de dezembro e é direcionado para educadores. As inscrições já estão abertas e devem ser feitas no Necaps/UEPA, pelo telefone 4009-9537 ou pelos emails: gt.formação@yahoo.com.br; gt.formação@gmail.com.

A Oficina de Mídias Criativas é a segunda oficina promovida pelo LabCom Móvel. No período de 29 de março a 01 de abril de 2010, ocorreu a “Oficina de Video de Bolso”, também ministrada por Nacho. O evento contou com a presença de estudantes, professores e pesquisadores da comunicação atuantes no Museu Goeldi e na Universidade Federal do Pará. O projeto LabCom Móvel, financiado pelo CNPq, visa utilizar as mídias locativas como meio de divulgação da ciência, trabalhando em parceria com diversas instituições de pesquisa do Estado.

Imagem: MPEG - Prédio da Rocinha
Texto: Ellyson Ramos