sábado, 23 de fevereiro de 2013

Bourdieu e as Entranhas do Sistema

“As grandes revoluções artísticas não são do feitio nem dos dominantes (temporalmente) que, aqui como alhures, não têm nada a criticar a uma ordem que os consagra, nem dos dominados tout court, frequentemente condenados por suas condições de existência e suas disposições a uma prática rotineira da literatura (arte) e que podem fornecer tropas tanto aos heresiarcas quanto aos guardiões da ordem simbólica. Elas competem a esses seres bastardos e inclassificáveis cujas disposições aristocráticas, muitas vezes associadas a uma origem social privilegiada e à posse de um grande capital simbólico (...), encorajam uma profunda ‘impaciência dos limites’, sociais, mas também estéticos, e uma intolerância, altiva com todos os comprometidos com o século.”

 
(BOURDIEU, Pierre. As Regras da Arte. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.)

 
Pierre Bourdieu (França, 1930) estudou no Liceu Louis-le-Grand em Paris. Ingressou na École Normale Supérieure onde estudou Filosofia. Serviu como militar francês na Argélia. Estudou Antropologia e Sociologia. Tornou-se professor nas Universidades de Sorbonne e Lille. Especializou-se em Sociologia Clássica (Durkheim, Weber e Marx). Foi fundador e diretor do Centro Europeu de Sociologia.

 

 

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