A Fundação Bienal de São Paulo inaugurou a exposição 30 x Bienal - Transformações na Arte Brasileira da 1ª à 30 Edição, que traz a trajetória artística do país nos últimos 60 anos, de 1951 até 2012,
destacando a participação brasileira da primeira à última bienal.
“Procurei encontrar correspondência entre a importância da bienal
e a importância na história da arte brasileira. É um pouco buscar o paralelo
entre essas duas histórias que são complementares”, disse o curador da mostra,
Paulo Venâncio Filho, que acredita que a Bienal é um dos elementos que
estruturou a arte brasileira a partir da segunda metade do século 20.
A mostra, que tem obras de todas as edições da bienal, traz uma
seleção de 250 obras de 111 artistas. De acordo com o curador, a intenção é
propor uma orientação não cronológica, mas flexível, “que possa ultrapassar
tempo e espaço, sem, entretanto, deixar de observar a continuidade histórica de
seis décadas”.
“Selecionar [as obras] foi uma tarefa difícil, complicada, porque
participaram das 30 edições cerca de 1.700 artistas. Tive de fazer uma redução
muito drástica, cheguei a esse número de 111, que acho que é um número
representativo desse período”, disse.
A exposição traz um panorama das influências presentes na bienal,
que abrange desde a abstração geométrica ao concretismo, a arte pop, a geração conceitual e o reflexo
dessas escolas na produção dos artistas de hoje.
“A bienal ainda é o grande evento artístico do Brasil. Fundamental
para as artes plásticas e para a cultura brasileira. Hoje as artes plásticas
têm um papel maior, mas há 60 anos ninguém sabia o que era, a bienal deu uma
dimensão pública para as artes plásticas”, disse Venâncio.
A exposição ocorre até 8 de dezembro no prédio da Fundação Bienal
de São Paulo, no Parque Ibirapuera, Portão 3. Terças, quintas, sábados,
domingos e feriados funciona das 9 h às 19 h (entrada até às 18h). Às quartas e
sextas, das 9 h às 22 h (entrada até às 21h). A entrada é gratuita.
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