terça-feira, 6 de julho de 2010
Bienal Naïfs do Brasil 2010
Realização do SESC São Paulo, Bienal Naïfs do Brasil 2010 terá 111 obras de 80 artistas, oriundos de quinze estados brasileiros. A mostra, que atinge sua 10ª edição, acontece entre os dias 19 de agosto e 12 de dezembro, na unidade SESC Piracicaba.
Os 376 artistas inscritos, representando 22 estados brasileiros, foram submetidos à seleção do júri, que contou com Geraldo Edson de Andrade, Ricardo Amadasi e Vilma Eid. Dentre as obras escolhidas estão “O Engenho” e “Montanhas”, do capixaba Neve Torres; e “O Vendedor de Aipin” e “O Ordenhador de Cabras”, do paulistano João Generoso, que obtiveram o Prêmio Destaque-Aquisição.
Já o Prêmio Incentivo contemplou Carmézia Emiliano (RR), pelas obras “Dança do beija flor” e “Cereia”; Eliana Silveira de Andrade (MG), por “Cidade de interior” e “Lembranças”; Euclides de Almeida Coimbra (SP), por “O galo da madrugada” e “Vamos tirar o Brasil da gaveta”; Marconi Parreiras (MG), por “Marconi na rua Marconi” e “Boi na mata”; e Milton Cardoso da Costa (RJ), por “Lixo homem”.
Por fim, o júri atribuiu Menção Especial aos artistas Alencar Claret Duarte da Silva (SP), por “O Engolidor de Sapo”, Antonio Fernando Vieira da Silva (RJ), por “Exposição Comemorativa dos 44 Anos da Pintura Brasileira” e “Fim de Tarde Num Certo Bar com Música Da Lapa no Rio”; Antonio Francisco da Costa (CE), por “Tatu” e “Beija-Flor”; David Augusto Sobral (SP), por “Boca Grande” e “Águia Gigante”; e Nilson Pimenta da Costa (MT), por “À Macacadas” e “Derrubada Proibida”.
Além das 80 obras, a Bienal Naïfs do Brasil 2010 terá ainda a Sala Especial “Arte Sem Fronteiras”, com curadoria de Maria Alice Milliet e uma extensa proposta voltada para arte-educação, que vai incluir ateliês abertos, oficinas, cursos, palestras, visitas orientadas e apresentações artísticas.
Organizado desde 1992, o evento reúne a produção artística caracterizada pela estética de arte ingênua, espontânea e instintiva, conhecida como naïf ou naïve. Sua origem ocorreu seis anos antes, por ocasião da primeira exposição a reunir 19 artistas plásticos no projeto “Cenas da Cultura Caipira”, realizado pelo próprio SESC Piracicaba. Ao longo de sua trajetória, a Bienal Naïfs do Brasil tornou-se referência para artistas, pesquisadores, colecionadores e galeristas que possuem vínculo com o gênero.
Sala Especial – Batizada de “Arte Sem Fronteiras”, a Sala Especial, com curadoria da pesquisadora e crítica de arte Maria Alice Milliet, reunirá trabalhos de artistas premiados em edições anteriores e outros com carreiras artísticas consolidadas, que exploram linguagens capazes de tocar o imaginário do homem contemporâneo, sem recorrer a categorias como “arte popular” ou “arte erudita”.
A proposta é valorizar os artistas que foram revelados pela Bienal Naïfs do Brasil ao longo destes 18 anos, alguns com obras premiadas e adquiridas pelo SESC São Paulo, atualmente integrantes do acervo da instituição – e mostrar como dialogam com produções já inseridas no mercado de arte dos grandes centros urbanos.
Texto: Dasartes
Imagem: Aecio - Obra: "A Volta do Circo"
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