sábado, 24 de julho de 2010

Revista ‘Ars’ é Incluída na Scielo


Visando incentivar a produção artística e cultural brasileira, oferecer a artistas, professores de arte e pesquisadores, atuantes no Brasil e no Exterior, em início de carreira ou com trajetórias profissionais já consolidadas, o fórum privilegiado de debate e intercâmbio de conhecimentos que a vida acadêmica pode propiciar, assim como, constituir-se em uma instância de crítica e revigoramento recíprocos para o meio acadêmico, artístico e cultural, favorecendo uma presença propositiva da Universidade na sociedade brasileira, a Ars, revista do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo), acaba de ser incluída na lista de publicações da Scientific Electronic Library On-line (SciELO).

O propósito desta inclusão? Buscar o nível de excelência acadêmica na pesquisa artística, cultural e científica, o incentivo do diálogo das artes visuais com outras áreas da produção cultural e científica e a formação de um público leitor especializado na área artístico-cultural, público este ainda incipiente no ambiente brasileiro. Editada pelos professores Gilberto Prado, Sônia Salzstein e Marco Giannotti, a publicação visa a intervir na discussão sobre arte, propondo um foco ampliado na abordagem das artes visuais no país. De acordo com Prado, professor do Departamento Artes Plásticas e um dos editores da revista, "Para nós, é de extrema importância porque, além de mais visibilidade, a inserção na SciELO valoriza a área de artes. A grande vantagem é o próprio acesso que a rede possibilita a pesquisadores, estudantes e artistas...Além da revista Anais do Museu Paulista, que é mais voltada para temas de preservação do patrimônio, a Ars é a única de artes visuais da coleção SciELO".

A edição atual, de número 14, traz um ensaio gráfico, além de artigos que versam sobre pintores como Paul Cezzane e Eduardo Sued, economia política da arte moderna, entre outros temas. Em agosto, será lançado o número 15. Também, a relação de Sophie Calle com dois textos ficcionais, de autoria de Hervé Guibert e Paul Auster, permitindo discutir um ponto central de sua poética: a atuação como performer, colocada por alguns críticos sob o signo do situacionismo. Como suas performances envolvem uma narrativa, foram analisados seus aspectos fotográficos e verbais, tendo como epicentro Suíte veneziana (1980). O questionamento? Qual o papel da fotografia nas narrativas de Calle, nas quais ela é personagem de si mesma. A fotografia vista como vestígio de acontecimentos reais cujo aspecto documental corrobora a neutralidade dos relatos escritos. Fruto de um gesto performático, o qual, ao designar determinados fatos, converte a realidade em imagem. Mais informações sobre a SciELO: www.scielo.br.

Imagem: ECA/USP
Texto:Rosemary dos Santos (pós-doutora em cognição, leitura e literatura pela USP-RP)

Site do Programa de Pós-graduação da ECA/USP

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